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13 de abril de 2013

A LÍNGUA

pronunciou sussuros
rasgou a alma sem absolvição

nenhum tracejo no gesto
ESTáTICO, ao ponto do seguinte

arfava o ar
em hiatos do respirar

lambuzou o ouvir
ficou a espera do oceano

sentiu o coração em tambores descabelar o certo
jogou-se em desatino no abismo do querer

abriu seu ser as palavras
e suas pernas, alongadas

vento entrou sem pedir licença
no olfato da língua
TODA ELA

tudo feito
nada desdito
sentido

AR
sem AR
AR
silêncio do inexato

a língua nada fala
mais do que amor
nada prova
mais que o milímetro

deiaquintino - 14 de abril de 2013 - 1:44



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