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19 de dezembro de 2012

FUGAZ

eles se falavam em frenesi,
nem tinham dado tempo de correções sobre o ser
uma tormenta de canções iguais,
uma química irreparável
 
o tempo curto das palavras era voraz,

avassalar o corpo antes mesmo de conhecer a alma

foram tempos contínuos no desespero
do revelar algo que não tem grande valia,
mas atormenta em sortido  "pecar"


vezes de perder-se sem notar o outro
e ainda que na sensação do uso,
harmonicamente praticado pelas partes,
deleites de algo


e do fim, no fim, isto se esvai e vai
sem deixar resquícios de sentidos perdidos
ou mesmo perdas.


talvez melhores encontros
no buscar o que faz sentir

e do tempo o esquecimento
e a sensação de brisa numa tarde quente que
refresca rápido e traz novo calor,

em outros bons e repletos braços


deiaquintino - dezembro de 2012



Depois de ouvir aquelas almas densas
a fronte curvo, e ao ver-me quedo assim,
o meu guia pergunta-me: "Em que pensas ?"

Num suspiro respondo-lhe: "Ai de mim,
que vão desejo, que fugaz encanto
os arrastou ao doloroso fim."

                         DO INFERNO- Canto V. de Dante Alighieri


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